sexta-feira, dezembro 30, 2005

Ora bem

O ano que vem faço dois anos. Este que passou aprendi a emitir uns sons muito diferentes daqueles que sabia fazer. E descobri que me consigo mexer de um lado para o outro, em pé, como as pessoas. Primeiro só conseguia andar com a ajuda dos grandes. Depois, aprendi a largar a mão deles. O chão nem sempre era certo, caí algumas vezes. E para me levantar custava um pouco devia ser por causa do peso das fraldas. A propósito, em casa da minha avó está lá já uma coisa que me disseram que serve para o mesmo que as fraldas - espero que não me ponham o tal penico ou bacio...aquilo para andar e correr deve ser bem mais difícil que as ditas fraldas.
Aprendi a comer coisas diferentes. Aprendi tantas palavras. Aprendi músicas. Aprendi que para além das pessoas existem cães. E que são diferentes das pessoas, por isso merecem outro tipo de tratamento, como ralhar, chamar e dar festinhas.
Aprendi que o meu beicinho e choro movem montanhas. Aprendi que algumas coisas só alguns dos grandes deixam fazer. Aprendi também que existem xuxas para além da minha. O que não é justo.
Este ano que entra não sei o que vou aprender mais. Mas a minha mãe diz muitas vezes que isto é só o início. Conto aprender uma coisa: chegar mais facilmente aos interruptores e aprender definitivamente a descalçar e despir a tralha toda que me obrigam a vestir.
Esta passagem de ano não vou comer passas, nem beber champagne. Para o ano talvez consiga.
A todos que costumam vir até a este sítio um bom ano. E para os outros também.

CAROCAS

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Tricotadeira

A avó B. resolveu pôr mãos ao trabalho e neste natal fez muitos cachecois, pregadeiras e afins. Andou de lã e agulha na mão. Ontem quando fui buscar a minha Carocas, estava a menina com a lã passada atrás do pescoço e novelo na mão. Só faltavam as agulhas. Prendada como a avó e tia. Não sai nada à mãe. Ainda bem.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Oh Oh Oh

Faz o pai natal. Oh oh oh fez a Carocas na noite de 24 de Dezembro.
Ainda não percebeu muito bem o que se passou, mas fez uma noitada...Certo que à uma da manhã eu estava a ver que lhe dava uma coisa. Mas não.
Resultado do Natal: a Tia- Avó (designação que a tia-avó abomina) tem um frigorífico magnífico cheio de imans. Como bem disse a Tia Avó, foi a primeira lição de física aprendida. Depois, nada melhor que uns copos e chávenas de plástico com colher. Bebeu cafézinhos ao colo da mãe. E também são muitos bons os pópós do primo H.. Pena é que o primo H seja um trintão, e os carros dele, de colecção. Uma noite de natal cheia de Carolina. A única bébé deste lado da família. Só olhos para ela.

Dia de Natal:
Mãe e pai dão os presentes que tinham para ela. Ah tudo bem, são giros e tal, mas anda cá Gaspar....
Almoço de Natal: não quero saber de mais presentes, se isto está cheio de primos pequeninos....e se se pode andar atrás deles aos pinotes....para quê presentes?

Lanche de Natal:
Família à espera da Carocas, mais uma vez a única bébé (a anterior já não acredita no Pai Natal, é uma pré-teen com 12 anos)....ADOROU o cavalinho dado pelos Bisavós. Mas melhor ainda continua a ser o cão que lá estava, muito parecido com o Gaspar.

Dia 26 em casa:
Não sabia para que lado se virar: ora era o nenuco do banho (sim, ela sabe dar duche ao bêbê), ora ia à cozinha, ora brincava com a mesa de actividades, ora com o elefante, ora com o cavalo....enfim, uma overdose de estímulos que a deixam fora dela.

Resumo das palavras:
Páte-se (parte-se)
Abe (abre)
Anda (anda)
peia peia (espera)
nuco (nenuco)
exe (fecha)
e quase todas as últimas palavras com que se termina uma frase. Exemplo: o pai a tentar a adormecer a Carocas, e já cansado das palhaçadas: "Faz oh-oh Carolina, imediatamente!" Memente! Diz a menina.

terça-feira, dezembro 06, 2005

A seguir

ao jantar peço ao pai: Ó L. vai buscar o secador, por favor. Ar da Carocas: aun-aun, dedo a dizer que não, cabeça a fazer o mesmo, beicinho e um berro quase quase a sair. Gosta de me ver secar o cabelo, a ela é que não....Mas está com o cabelo tão grande que tem mesmo que ser.
É certo e sabido que a seguir ao jantar há fita para secar o cabelo. E ainda me dizem: Mas porque é que vais cortar os caracois à menina????

A Carocas

adora um naperon que a minha sogra tem na mesa de apoio da sala de jantar. No Domingo brincou a tarde (quase) toda com ele: ora tenta vestir como se fosse uma camisola; ora põe em cima da mesa ou sofá, encosta a cabeça e diz ó-ó; ou anda a limpar tudo o que vê, ou ainda, anda com ele apenas e só de um lado para o outro. Ninguém o tira.
Prenda de natal: uma caixa cheia de panos, paninhos e afins.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

A árvore

de natal foi feita ontem lá em casa. A Carocas cada vez que vê um Pai Natal faz oh oh oh...
Eu lá estive a fazer a árvore e lá lhe disse que era a árvore de natal. Ela: "Oh oh oh".
Enquanto se punha as luzes (isshhh) e os respectivos penduricalhos na árvore, passou o tempo neste trajecto: do sofá para a porta da sala, da porta da sala para o sofá. Quando chegava à porta escondia-se, aparecia depois a fazer Oh oh oh...300 vezes....

Cão que é Cão

Senta e dá a pata....

Feríado

passado em casa. Muita brincadeira. De manhã, a mãe foi às compras (estou muito contente com algumas compras de Natal para os sobrinhos e primos). Ora como estava a dizer, fui às compras e deixei a Carocas a dormir com o pai. Quando chego a Carocas já tinha almoçado. Parece que se portou mal. O pai estava na cozinha e viu a menina a sair para o corredor. Tudo bem, foi ali e já vem. Como a menina não aparecia e ouviu a caldeira disparar, resolveu ir investigar. Como já vos expliquei, a menina tem uma adoração pelo bidé (onde o cão bebe água) e claro, abriu a torneira com toda a força e pujança. E claro, a casa de banho ficou um bocadinho tipo lago dos cisnes. Quando cheguei já estava tudo resolvido, felizmente.

NB: porta da casa de banho SEMPRE fechada porque das duas uma: o vai beber água no bidé como o Páx (Gaspar) ou vai tudo para a banheira....

As vacinas

correram muito bem.
Parece que a Carocas foi apanhada desprevenida na primeira picadela. Na segunda já não houve hipóteses de grandes coisas que ela não deixa. Teve que ser mesmo agarrada à força. A enfermeira perguntou no fim: quem é a má, quem é? Resposta pronta da Carocas: dedo indicador a apontar para a dita enfermeira. Ainda lhe deram um livro para colorir, coisa que ela rejeitou ontem: dedo no ar a dizer que não e ãumm a sair da boca. Devem ser más recordações, pois claro! Soluços e choro à parte até correu bem.