sexta-feira, dezembro 22, 2006

nas escadas

do prédio, à saída de casa dos avós, o avô faz sempre ohohoh...como o pai natal. Carocas dedito espetado, olhos abertos: achas bdal? (tradução: achas que é o Pai Natal?)...depois um não esticado-.....naaaauuuu...bôbô a bincai. (tradução: não, é o avô a brincar)

em casa da avó

hoje de manhã:

P: como chama ito?
R: saco de água quente
Obs: tá fia!

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Carocas

descobriu o presente de Natal dela...o pai é muito esperto a esconder presentes. Só a minha é que não encontro ....

A Carocas adora brincar às casinhas:
Dá papinha ao Nenuco na cozinha dela, dá-lhe banho, e põe a fazer óó, porque a bela cabou

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Tentativas e deduções educacionais

Fala tanto e tudo que há alturas em que eu e o pai desesperamos e pensamos o porquê de ter uma tagarela em casa, que não deixa ouvir nada nem ninguém, nem os pensamentos.
Mas pronto, aplica muito bem os termos, principalmente o: eu não quero, ou não é preciso, ou não quero nada.
Aliás tudo o que tenho um verbo de acção e/ou negação é perita.
Mas tem deduções maravilhosas que me deixam parva:
  • Ao subir as escadas do prédio dos avós pede ao pai para acender ela a luz. Naquele piso o interruptor não acendia a luz. O pai diz, olha este não funciona, vamos ver o outro. O outro efectivamente acendia. Dedução imediata: “o ôto não funxiona, não tem pilhas!”
  • Na saída de um banho dado por mim em que me aventurava numa cantoria qualquer: “Caia-te! Num tanta!” (calá-te, não canta!) eu atrevo-me a avançar com a disciplina e educação tentando um momento pedagógico: “Carolina, a mãe já te disse que não se manda calar os mais velhos e os maiores que tu. A mamã é maior que tu, o pai e os avós também, é muito feio mandar calar essas pessoas. Só podes mandar calar os mais pequenos que tu.” Silêncio. E eu a pensar olha, queres ver que até resultou. Segundos depois, “o paix é queno, muuuuito queno” – tradução: o Gaspar (cão) é pequeno, muuuiiito pequeno. Efectivamente o único elemento do agregado familiar não mencionado na advertência.
  • Num dia passado com a minha mãe, a Carocas desarruma tudo. A avó tenta, também ela, a veia educacional, pedagógica: “Ó Carolina (enquanto se curva para arrumar pela enésima vez os brinquedos espalhados pela sala), a avó está velhota, já não consegue estar sempre a apnhar estes brinquedos, blá blá blá. Depois a avó fica doente, com um dói-doi grande e tu ficas com quem?” Resposta pronta da Carocas: "bóbó Maíia”. Mais nada.

Bicas à bela.

Bicas à bela, é a forma da Carolina pedir as músicas da Floribela. Sim, eu oiço o CD no carro. Sim eu sou apanhada a cantá-las no trabalho. E não, eu não gosto da Floribela.
Mas gosto de apanhar a Carocas escondida no quarto ou na sala, de microfone em pulso a cantar, de olhos semicerrados, braços estendidos qual Amália a interpretar uma versão muito própria do "vestido azul" ou dos "pobres dos ricos".
Resultado: parece que foi há anos luz o meu estado de pseudo-intelectual e ainda bem.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Viagens


Nestes últimos tempos a Carolina tem-se confrontado com algumas ausências. Primeiro começou com o pai (a grande paixão) que esteve mais de uma semana em Angola, no mês de Junho.
Mais uma vez o pai ausentou-se no início de Outubro para Angola. Quando o pai voltou, passado poucos dias voou a Tita (uma outra grande paixão) para Londres.
Actualmente, qualquer coisa no céu, que não seja pássaro, é a Tita que bai pa ondes, mesmo que seja um helicóptero.
E por isso mesmo, tenho um dever acrescido, para além do dever de relatar a pequena infância para a Carocas ler um dia, tenho o dever de actualizar devidamente a Tita das coisas lindas que a sobs faz, diz e manda (mandar é o que ela faz melhor).

quarta-feira, agosto 09, 2006

2 Anos


Vem atrasado este post, eu sei.

Dois anos de vida da melhor pessoa do mundo. Dois anos de olhos grandes e pestanudos. Dois anos de nós as duas. Separadas cá fora. Nestes dois anos ansiei tantas vezes ter-te no meu colo. Abraçar-te e ver-te dormir. (parvoíces de mãe).
No dia-a-dia de casa-trabalho, do “anda despacha-te”, o que mais recordo com saudade entre o telefone e o PC é o teu cheiro.
Nestes dois anos fazes tantas graças e tanta coisa diferente. Dia para dia, mostras coisas novas, descobre coisas novas. Cresces, impões-te como pessoa (e às vezes de que forma…)
Tens os caracóis mais bonitos do mundo. Um nariz semelhante ao meu. Uma personalidade que (já) se adivinha forte. És mimada e amada por todos. Todos te enchem de presentes, carinhos e ternura. Às vezes penso se isso não será mau para a tua vida. Mas amor a mais nunca foi de mais. E é isso que eu sinto: um amor que não acaba nunca, Carocas do meu coração!

sexta-feira, agosto 04, 2006

Férias é:




















Receber presentes!!!!(muitos.....tantos...)
















Cantar os parabéns a ouxê com a mãe e dizer VIVAS no fim



SER A MIÚDA MAIS GIRA DA PRAIA!

Férias é:



Estar ao fim do dia na praia e ver os pescadores a entrar no mar no tátóre a puxar o bácu.

Brincar com a mãe e o Páx. (mais concretamente marchar como na tropa)

Brincar com o pai às casinhas

Curtir na pascina dos avós

As nossas férias - o bacio, penico, pote...

Foi a altura para o treino do bacio. Nos 15 dias com os avós tentou-se (sem efeito) o bacio. Resultado: nada!


Investi depois no redutor de sanita. Resultado: aguenta-se mais um pouco, a Carocas lê revistas, mas não há nenhum "resultado visível".



Até que no último dia de Julho, a Carocas faz o seu primeiro xixi (completo sem molhar o chão antes) no bacio!
É claro foi feita uma grande festa, e a partir de ontem passou a pedir para ir ao bacio...
A ver vamos. É claro que tudo foi despoletado pelo "trono" que os bisavós lhe ofereceram pelos anos. A miúda adorou a hipótese de ter uma cadeira/bacio.

As nossas férias

Este ano optámos por umas férias repartidas. Tivemos no Algarve na última semana de Junho. E estivemos entre Santarém e a praia do meco na última quinzena de Julho.
A mãe confessa: não gostei lá muito dos dias no Algarve. Tu fizeste birras atrás de birras, tiveste febre e na véspera da viagem de ida tinhas feito uma valente queimadura no braço. A casa nem era má, não fosse a visita diária de uma família interminável de baratas.
Mas a praia foi boa!

quarta-feira, junho 14, 2006

Casinha

os avós B. e R. ofereceram um presente meio dia da criança atrasado e meio aniversário (adiantado) uma casinha para o quintal da casa do paul. A Carocas adorou, não pode brincar muito porque ontem caiu uma carga de água ém Santarém, que impediu a brincadeira na rua. Mas, como está lá agora de férias com os avós cheira-me que vai haver muita piscina e brincadeira na piscina.

sexta-feira, junho 09, 2006

Só para a Carocas

Como vês há já muito tempo que não escrevia aqui. Não penses que foi por falta de vontade, mas só porque não podia. Cortaram os acessos e pelos vistos agora já posso.
Não penses que não fizeste evoluções, gracinhas, coisas memoráveis. Fizeste, sim. Muitas. Tantas que são impossíveis resumir num post.
Falas muito, falas tudo. Repetes tudo. Danças, cantas. Tens um corte de cabelo novo. Foste à cabeleireira pela primeira vez. Para espanto de todos, nem um ai. Foste linda sentada ao colo da mãe.
Não penses que não escrevi aqui por não me lembrar de ti. Lembro-me sempre tantas vezes, muitas.
Quase todas as horas de almoço falo de ti. As minhas colegas já devem estar chateadas do mesmo assunto. Mas percebem. As que são mãe e as que vão ser.
Por isso, a partir de agora vamos ver se consigo ser mais regular. Para ti e para nós. Para um dia lermos tudo isto juntas e tu gozares comigo.

sábado, março 18, 2006

Sol

No fim-de-semana passado não chovia como hoje. Eu e os meus pais fomos à praia no domingo de manhã. Depois fui almoçar com os primos em casa da avó M. e à tarde fui com uma prima ao parque. Terminei em casa com uma grande banhoca. Gosto de dias assim:





parecidos

é o que eles são:





quarta-feira, março 15, 2006

Correios

A minha mãe levou a Carocas aos Correios para a ajudar a enviar o IRS.
Enquanto esperava ouvia-se o som das senhas de atendimento. A carocas imitava: Biiip Biiip.
Toca o telefone: voz fininha da Carocas: táááá???
E distribuiu uns oiás por toda a gente que estava nos correios.

quinta-feira, março 09, 2006

Estás

Cada vez mais alta
Cada vez mais sabida
Dizes tudo, todas as palavras. Nem todas bem ditas
Mas todas soam muito bem.
As minhas preferidas:
pinxeja - Princesa
buchêcha - Bochecha
mim-môn - Biberon
pójão - para o chão
piduxa - Pitucha
e a(s) cereja(s) no cimo do bolo que me amolece o coração:
- Como é que a mãe chama a Carolina?
- ócas!!!
- Como é que a avó chama à Carolina?
- Piduxa!! (1 minuto depois): piduxa, bó!!!
e eu digo: Carocas do meu ....
...uaxão!!!! (coração, pois claro!)

Quando

faz algo que não deve e se ralha com ela, há sempre um momento em que olha de soslaio para nós. Depois perguntamos: e agora, carolina?
e ela:
páces!!! (cara esticada e boca pronta para dar beijinho) ou seja: fazemos as pazes!!!

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

o que eu te cantava:

Dorme meu menino a estrela d'alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será p'ra ti

Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar

Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor

Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme qu'inda a noite é uma menina
Deixa-a vir também adormecer


sim, porque agora já não me deixas cantar para te embalar

terça-feira, janeiro 31, 2006

Mais uma vez e sempre

Ela

Uma nova vida entrou assim na minha.
Esperei muito por ela. Ansiei por ela. E de repente entrou assim na minha vida. Parece que não avisou. E sim, avisou, fez-se anunciar durante 9 meses.
Apareceu junto de mim. Apareceu para mim. E eu sinto que só faz sentido existir para essa nova vida. Essa (minha) nova esperança no futuro. Esse (meu) novo caminho com tantas portas por abrir. Com tantos caminhos para descobrir. Sempre a aprender. Sempre a escutar. Sempre.
Não é a minha extensão. Não sinto que com ela deixo algo meu para a posteridade. Sinto que ela é única. Diferente de tudo e todos. Especial. Só ela pode ser ela. Só ela pode ser assim.
Só ela permitiu que o meu umbigo deixasse de ter importância.
Só com ela.
Só por ela.
Uma pessoa.
Um futuro.
Só para ela.
Só dela.
Só ela.
Só dela (sou dela).

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Carocas e Cusca

Em tempos tivemos um cão que se chamava Cusca. O Cusca era um cão peculiar. Tinha a vida dele e quando se lembrava vinha a casa. Era um cão pequeno, rafeiro e cheio de personalidade. Tinha os seus compromissos matinais. Fomos descobrindo que tinha rituais matinais. Batia à porta de uma casa de uma senhora velhinha e todas as manhãs tinha um parto com bolachas. Ia depois ao café comer meia torrada, oferecida por uma cliente habitual. Terminava nas aparas do talho. Claro que isto era paralelo às suas refeições caseiras e petiscos fora de horas oferecidos pelos donos.Tudo isto se foi descobrindo gradualmente. Principalmente quando ele ia connosco aos sítios e tentava entrar. Aí informavam-nos que o cão era um cliente habitual, e terminavam ou começavam sempre com esta frase (ou outra idêntica) Ah mas o cão é vosso?
A minha filha tem também rituais (quase) nos mesmos sítios. Quando vai à rua passear com os avós também pede sempre as suas coisas . E também faz passar alguns embaraços. No café (o mesmo da meia torrada do cão) mal entra pede logo: batata!!! Porque ainda se está a servir almoços e alguém está a comer batatas fritas (uma paixão). A avó vai comprar pão a uma outra pastelaria, mal entra: mam mam (que é como quem diz: pão). Resultado: leva sempre uma bola à borla oferecida pela empregada brasileira. Finalmente vai ter com a Tia-Avó e mal a vê: xiiiii xiiiii (bolachinha) crava mais umas bolachas à tia.
Rituais idênticos.