Estás grande. Quando me falam em percentis....tu estás no 95. És grandota. E quando olho para ti, vejo-te já tão grande. Uma menina bebé. Mas já uma menina. Com os dentes. Com os caracóis, com o cabelo desgrenhado.
Uma menina que percebe tudo o que se diz. Uma menina que adora ser palhaço, uma menina que adora ser papagaio.
Tão longe do meu bebé de há um ano. Meses complicados os do início. Eu a habituar-me à ideia de ser mãe. Tu a habituares-te à ideia de estar cá fora. Depois o problema do refluxo. Roupa e roupa, tua e minha, babetes e babetes (esses eram só teus). E todo o meu leite cá fora...e as poças no chão e ir-te pesar de 15 em 15 dias. E a deitares o leite cá para fora passado 4 horas (parecia que tinhas acabado de o beber). E a cabeceira da cama sempre alta (desde o primeiro dia). E a ver que aumentavas devagarinho. E toda a gente a dizer: menino bolsado, menino criado. E as mais velhas a dizerem é o bucho virado. E a confirmarem que tinhas o refluxo gastro-esofágico. E nós a darmos o Mutillium. E tu a desceres de percentil. E as papas e as sopas, agora é que vai ser. E nunca mais era, nem com sopas. E a teres que ficar na vertical sempre que comias. E nunca se podia dar muita voltas.
E um dia, quase já com um ano (pronto tinhas 10 meses) foste aguentado o leite aí dentro. E foste engordando e crescendo.
E comes tudo, e agora, o que é isso de refluxo?!!! E se não fosse escrever isto para a posteridade, já nem me lembrava dos 20 babetes que pendurava dia sim dia sim.
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